Mesmo depois de muita negociação, continua em R$ 40 a distância entre a proposta do governo e a reivindicação dos sindicalistas para o salário mínimo que deve vigorar em 1º de janeiro de 2011. Dirigentes das seis centrais sindicais se reuniram ontem (18), em São Paulo, com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência Social, Carlos Gabas. Os representantes dos trabalhadores estão unidos na proposta de um mínimo de R$ 580, conforme explicou à Agência Senado o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, mas Paulo Bernardo e Gabas disseram que o governo só aceita R$ 540.

Uma nova reunião, envolvendo também os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, está prevista para terça ou quarta-feira em Brasília, segundo informou Torres. Além de insistir no mínimo de R$ 580, os sindicalistas devem discutir nesse encontro dois outros assuntos: aumento de 9,1% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo e correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

Miguel Torres explicou que muitas categorias obtiveram, nos dissídios coletivos, aumentos de 8% a 11% nos salários, que serão simplesmente anulados se a tabela para o próximo ano não for corrigida pelo menos com base na inflação de 2010. É que, com o aumento, assalariados isentos de IRPF passariam a pagar o imposto e os enquadrados nas faixas iniciais de desconto na fonte subiriam de faixa.

Um dos participantes da reunião, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que o reajuste do piso nacional irá fortalecer o mercado interno, aumentar o consumo e a produção e, consequentemente, gerar novos postos de trabalho.

O relator-geral do projeto do Orçamento da União para 2011, senador Gim Argello (PTB-DF), afirmou que aguarda entendimentos entre o governo e os sindicalistas para compatibilizar o novo mínimo com o conjunto da proposta orçamentária. Ele disse acreditar na fixação de um valor superior aos R$ 540 assegurados até agora.


Da Redação com Agência Senado

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