A Polícia Federal indiciou 23 suspeitos de desviar R$ 1,6 milhão de um projeto de internet gratuita em João Pessoa, na Paraíba. Entre eles, o vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSD), acusado de ser o mentor do esquema, e o publicitário Duda Mendonça, absolvido no julgamento do mensalão. 
Segundo as investigações, o desvio foi usado para financiar campanhas eleitorais. Conforme o inquérito, em 2009, quando era deputado federal, Rômulo apresentou uma emenda propondo a ‘Jampa Digital’, que deveria levar internet de graça para João Pessoa. O serviço custou R$ 39 milhões e, segundo a Polícia Federal, a empresa Ideia Digital, que acabou ganhando a concorrência, desviou parte do dinheiro. 
A polícia diz que as empresas Brickell e Rigusta receberam R$ 1,1 milhão da Ideia Digital e que o dinheiro foi usado na campanha do atual governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e do vice, Rômulo Gouveia. 
A campanha foi feita pelo publicitário Duda Mendonça, que, segundo a polícia, recebeu os repasses das duas empresas. A Brickell e a Rigusta não têm escritório nos locais que apresentam como endereço, em São Paulo. O advogado de Duda, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, criticou o indiciamento e negou irregularidades. É algo inacreditável. O Duda fez um trabalho simples, cobrou, emitiu nota, recebeu o montante que era devido, não fez nenhuma irregularidade”, disse. 
A PF vai encaminhar ao Ministério Público Federal recomendação de que sejam investigados ainda o deputado federal Valtenir Pereira (PSB), o governador da Paraíba e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que era secretário de Ciência e Tecnologia da prefeitura de João Pessoa na época em que o Jampa Digital foi lançado. 
A assessoria do ministro afirma que a licitação que resultou na contratação da Ideia Digital foi conduzida pela Secretaria de Administração de João Pessoa. O governo da Paraíba informou que as empresas investigadas não foram doadoras da campanha e que o vice-governador Rômulo Gouveia já prestou todos os esclarecimentos sobre o caso. A Ideia Digital afirmou que desconhece o teor do relatório da PF e o indiciamento dos proprietários da empresa. Já o deputado Valtenir Pereira disse que não tem vínculo com a Ideia Digital.

Jornal do Brasil

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