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Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com |
Uma base sólida, zagueiros confiáveis e poucas mudanças. Trunfos que se
tornaram clichês em qualquer time, mas explicam bastante o motivo de
Corinthians e Santos estarem nas semifinais da Libertadores. Dos 18
jogadores que mais estiveram em campo no torneio até agora, 12 são dos
clubes paulistas. Os rivais se enfrentam nas duas próximas
quartas-feiras. O primeiro duelo será na Vila Belmiro; o segundo, no
Pacaembu. Ambos os jogos começam às 22h (de Brasília).
O número significativo representa o investimento de Tite e Muricy
Ramalho em suas formações. Do lado alvinegro da capital, Chicão, Leandro
Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho e Danilo estão entre os mais
utilizados. No adversário, Rafael, Edu Dracena, Durval, Arouca, Ganso e
Neymar.
Não é à toa que o sucesso dos semifinalistas vem desde 2011, quando o
Timão conquistou o Campeonato Brasileiro, e o Peixe ergueu as taças do
Campeonato Paulista e da Libertadores. A manutenção dos elencos e dos
métodos de trabalho foram opções acertadas das diretorias.

Apenas 12 jogadores em toda a competição não foram substituídos sequer
uma vez. São nove dos dois clubes. O Corinthians aposta na força de seu
sistema defensivo. O zagueiro Leandro Castán e o lateral-esquerdo Fábio
Santos não saíram de campo nem por um minuto, assim como os volantes
Ralf e Paulinho.

Paulinho é homem de confiança de Tite e também
não foi substituído no torneio (Foto: Agência EFE)
não foi substituído no torneio (Foto: Agência EFE)
Opções que fizeram muita diferença até agora. Basta se lembrar do gol
de Ralf logo na estreia, aos 48 minutos do segundo tempo, contra o
Táchira (VEN). Gol que garantiu o empate por 1 a 1 e a invencibilidade
sustentada até o momento pelo Corinthians. Há também o gol mais
importante da campanha até agora, do companheiro de meio de campo
Paulinho. Também de cabeça, aos 42 da etapa final, ele despachou o
Vasco, levou o Pacaembu ao delírio e assegurou a classificação para
enfrentar o Santos.
Na Vila Belmiro, os dados também evidenciam a estratégia de Muricy:
investir no entrosamento de sua defesa e nos craques. O goleiro Rafael,
os zagueiros Edu Dracena e Durval, o maestro Ganso e o craque Neymar
estiveram no gramado em todos os 900 minutos da Libertadores. Embora
tenha sido mais vazado do que o rival (oito vezes contra duas do
Corinthians), o ataque resolve a vida santista: são 22 gols a favor, e
Neymar na vice-artilharia com sete.
- Quando você muda muito a equipe, acredito que não seja muito
benéfico. E a equipe do Santos tem ido bem porque vem mantendo a
regularidade dos jogadores, sempre na ativa, especialmente em um
campeonato importante como a Libertadores. O entrosamento já é bom, e só
tende a melhorar com a sequência de jogos - aprova o zagueiro Edu
Dracena, poupado do clássico contra o São Paulo no último domingo
justamente para poder estar em campo em perfeitas condições contra o
Corinthians.
Isso faz toda diferença. O entrosamento é o melhor possível, o esforço do Santos em manter a base tem surtido efeito"
Arouca, volante
do Santos
do Santos
De qualquer forma, Muricy Ramalho provavelmente será obrigado a alterar
sua base por causa das lesões. Apesar da evolução surpreendente,
ninguém admite que Ganso e Arouca estarão em campo na Vila Belmiro,
quarta-feira. O primeiro foi submetido a uma artroscopia no joelho
direito e treinou em campo pela primeira vez no sábado. Já o volante
tenta se recuperar a tempo de um estiramento na coxa esquerda para
jogar.
É possível notar também uma estabilidade tática nas equipes. A
alteração mais brusca foi feita por Tite, que optou durante a
Libertadores por jogar sem centroavante em razão da má fase de Liedson e
do fato de Elton não manter o nível quando entra. Alex, Danilo e
Emerson Sheik têm se revezado como homem mais adiantado no esquema do
técnico gaúcho.
Para se ter uma ideia da diferença entre os semifinalistas brasileiros e
os demais, nenhum jogador de Boca Juniors (ARG) e Universidad (CHI),
que disputarão a outra vaga na decisão, disputou todos os jogos da
Libertadores. No temido time da Bombonera, o goleiro Orión, o zagueiro
Insurralde, o lateral-esquerdo Clemente Rodríguez, o meia Erviti e o
craque Riquelme atuaram em nove dos dez jogos. Já “La U”, sensação
sul-americana desde o ano passado, escalou em nove partidas o goleiro
Johnny Herrera, o zagueiro Rojas e o trio de meio de campo Mena,
Aránguiz e Díaz.
Globo Esporte
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