No início deste mês, a cidade de Cajazeirinhas, no Sertão paraibano, completou 13 anos de sua instalação, sob as bençãos de Nossa Senhora da Piedade.

Todavia, o distrito foi elevado à categoria de município com a denominação de Cajazeirinhas, pela lei estadual nº 5895, de 29 de abril de 1994, desmembrado de Pombal. Até aí nada de anormalidade.

O que chama a atenção hoje é que o número de eleitores é superior ao de habitantes, o que “intriga” a Justiça Eleitoral. Mais quatro municípios – Santa Inês, Parari, Algodão de Jandaíra e Lastro - apresentam “fenômeno” idêntico. Além deles, cerca de 50 cidades do Estado apresentam um eleitorado equivalente a 80% ou mais da população. Para passar a limpo esta situação, o Tribunal Regional Eleitoral ultima os estudos para realizar um grande recadastramento para excluir os eleitores “fantasmas” ou “turistas”.

Cajazeirinhas tem 3.003 habitantes, de acordo com o Censo do IBGE. Todavia, possui 3.373 eleitores, revela o Tribunal Superior Eleitoral, o que representa 112% da população. Em Algodão de Jandaíra, na microrregião do Curimataú, são 2.350 moradores para um eleitorado de 2.368, isto é, 100,7%. Já município de Lastro, no Sertão, não fica muito atrás. A cidade conta com 2.841 moradores e 2.864 eleitores, ou seja, mais de 100%.

NO CARIRI

O exemplo mais gritante é Parari, município localizado na microrregião do Cariri Ocidental, A área territorial é de 128 km². De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade possui 1.256 habitantes e 1.621 eleitores, o equivalente a 129%. Em Santa Inês, existem 3.539 habitantes e 3.630 eleitores.

José Cassimiro Júnior, secretário de Informática do TRE, explicou seu departamento está trabalhando em conjunto com a Corregedoria do Tribunal, fazendo o levantamento dos municípios onde haverá revisão eleitoral. “São vários os critérios levados em consideração pela Justiça Eleitoral para fazer o recadastramento no município. Um deles é que o número de eleitores acima de 80% do número de habitantes. Outros critérios são o número de transferências de domicílios nos últimos anos, bem como de eleitores jovens e mais velhos”, comentou.


Jornal da Paraíba

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