Apenas 1% do lixo produzido na Paraíba passa por tratamento de compostagem. De acordo com o diretor da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Eloízio Henriques, 76% dos resíduos sólidos produzidos no Estado vão para lixões; 13% vão para aterros controlados e 10%, para aterros sanitários.
Se os 223 municípios paraibanos tivessem uma política eficaz de gerenciamento integrado de resíduos sólidos domésticos, 85% do lixo produzido poderia ser reaproveitado. Além dos inegáveis benefícios para o meio ambiente e para as futuras gerações, a estratégia garantiria postos de trabalho, geração de renda e desenvolvimento sustentado.
Para evitar que materiais que poderiam virar adubo orgânico ou material reciclado continuem sendo jogados em aterros e lixões, a Equipe Especializada em Meio Ambiente e Urbanismo do MPPB deve apresentar, até o final do ano, alternativas para a destinação adequada do lixo.
O assunto já foi debatido este mês com prefeitos e secretários de 40 municípios da região da Bacia do Médio Paraíba. Cinco cidades que participaram do evento já demonstraram interesse em implantar o sistema de gerenciamento integrado: Bayeux, Pocinhos, Alagoa Grande, Soledade e Juazeirinho. “Bayeux tem 100 mil habitantes e produz 60 toneladas de lixo por dia, que vão para o aterro. Com a implantação de três unidades de gerenciamento integrado, o município vai gerar 240 empregos diretos e apenas nove toneladas do lixo produzido diariamente irão para o aterro. Cada unidade custará R$ 160 mil”, disse o promotor de Justiça José Farias.
Baixo custo e benefícios
Segundo Farias, 55% do lixo coletado nas cidades poderia ser transformado em adubo natural e 30% poderia ser reciclado. “Diminuir em 85% a quantidade de resíduos colocados nos aterros significa reduzir, na mesma proporção, os investimentos que os municípios devem fazer com a destinação final do lixo doméstico”, argumentou.
O promotor de Justiça que coordena a equipe especializada disse que uma unidade de gerenciamento integrado de resíduo sólido custa R$ 90 mil para municípios pequenos que produzem até dez toneladas de lixo doméstico por dia.
Da ascom MPPB
01/07/2010
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