Até esta quarta-feira (14) a Polícia Federal já apreendeu 48 quilogramas de crack na Paraíba. O número já é 40% superior ao total de apreensões realizadas no ano passado, quando foram apreendidos 34,2 quilos da droga.

Os dados podem indicar um aumento na repressão por parte da polícia, mostrar também uma outra face: a do aumento do consumo de crack no Estado. Segundo o gerente do Programa Estadual de Políticas sobre Drogas (PEPD), Deusimar Guedes, estimativas da Organização das Nações Unidas revelam que em todo o mundo, apenas 10% da droga traficada consegue ser apreendida pela polícia.

“As estatísticas revelam que as polícias Federal, Civil, Militar e Rodoviária conseguem apreender apenas 10% da droga que circula. O aumento na quantidade de apreensões pode ser um bom indicador de que a repressão está funcionando, mas pode indicar também que aumentou o volume de drogas circulando. Pode ser uma melhor eficiência da polícia, mas pode ser também aumento na quantidade de droga que entra no Estado”, destacou.

Deusimar Guedes comentou ainda que o consumo de drogas, principalmente do crack, tem aumentado muito no Estado. “O crack é uma droga extremamente viciante e de efeito muito rápido, dura de três a cinco minutos. Quanto mais a droga vicia, mais os usuários procuram e com isto os traficantes veem como uma fonte de investimentos e aumentam a oferta. Isto traz um outro problema: a oferta da droga aumenta e com o aumento da oferta a quantidade de pessoas viciadas tende a crescer também. Uma coisa puxa a outra”, acredita.

Entre as consequências negativas trazidas pelo consumo do crack estão o aumento da violência, além dos problemas causados à saúde do viciado. “O efeito do crack no organismo é devastador, vai das vias respiratórias até o cérebro. Os usuários de crack geralmente não comem nem dormem e por isto eles também ficam mais expostos a doenças oportunistas como a tuberculose. Mas seguramente estas não são as principais causas de morte dos usuários de drogas. Certamente a violência mata muito mais usuários”, ressaltou.

Para reduzir o consumo de drogas no Estado, Deusimar informou que o PEPD está desenvolvendo trabalhos em parceria com várias secretarias e instituições. “Estamos atuando em várias frentes de articulação. Na sexta-feira, por exemplo, capacitaremos professores para que eles atuem como multiplicadores na prevenção ao uso das drogas. Esta mesma capacitação será realizada também com profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde”, afirmou.

Outras drogas

A apreensão de maconha neste ano já somou 158 quilos. No ano passado, o total de apreensões foi de 374,2 quilos. Proporcionalmente houve uma queda na quantidade de apreensões deste tipo de droga, já que o aprendido neste ano representa apenas 42% do que foi apreendido no ano passado.

Neste ano, a Polícia federal apreendeu ainda 36,9 quilos de cocaína pura. No ano passado foram apreendidos 82,2 quilos da droga.




do Paraiba 1
17/07/2010

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