
Quadrilha usou dinamite para abrir agência e o caixa eletrônico. Barulho assustou moradores de Caturité e áreas vizinhas.
A tranquilidade rompida pela violência. Foi assim que os moradores da pequena cidade de Caturité, distante 40 km de Campina Grande, vivenciaram a ação de um grupo formado por cerca de quatro bandidos contra o Banco do Brasil. De posse de explosivos de alto poder de destruição, os assaltantes chegaram na agência e explodiram o caixa eletrônico existente no local e levaram todo o dinheiro. De acordo com informações da polícia, o crime ocorreu por volta das 2h de ontem. O barulho provocado pela detonação foi tão forte que chegou a ser ouvido a uma distância de 2 quilômetros.
A ação demonstra a audácia dos bandidos. O quarteto chegou na agência em um veículo Golf, de cor prata, portando armas de fogo e várias ferramentas. “Os moradores contaram que eles chegaram por volta das 2h, instalaram o explosivo, voltaram para o carro e efetuaram a detonação. Depois entraram no banco e levaram todo o dinheiro do caixa. Eles arrombaram a porta com um pé de cabra e depois quebraramo vidro. O explosivo foi instalado no caixa, para destruir a estrutura e liberar o dinheiro”, contou o delegado Henry Fábio Bandeira Ribeiro, responsável pelo município de Queimadas, mas que na manhã de ontem, foi designado para atender a ocorrência em Caturité.
Segundo o delegado, os bandidos não encontraram nenhum tipo de obstáculo para praticar o roubo. A agência bancária não dispõe de vigilância noturna. No local também não existe câmeras de vídeo e apenas um alarme sonoro é que ajuda a empresa Preserve Segurança a fazer o monitoramento da unidade. “Em Caturité existem outros agravantes, além das falhas na segurança da unidade. O município atualmente não possui os destacamentos das polícias Militar e Civil”, acrescentou Henry. Ele explicou que a cidade não conta com policiamento ostensivo e preventivo, nem mesmo de nenhum serviço de investigação.
Quando ocorre algo na cidade, o município recebe o apoio da Polícia Militar de Boqueirão. O delegado da mesma cidade também responde por Caturité, porém sem nenhuma estrutura para executar seus trabalhos.
A gerência do Banco do Brasil na cidade de Caturité não informou a quantidade exata do dinheiro levado pelos bandidos, no entanto, segundo dados coletados pelo Instituto de Polícia Científica (IPC), estima-se que o prejuízo tenha ultrapassado R$ 40 mil, já que na tarde da última segunda-feira, o caixa foi abastecido para atender o pagamento dos aposentados e pensionistas do município.
Tentativa de arrombamento
O município de Belém, no Brejo paraibano, também foi alvo dos bandidos durante a madrugada de ontem. Dois homens armados que ocupavam um veículo Siena, de cor branca, estavam tentando roubar a agência do Bradesco, por volta das 3h30, quando foram surpreendidos por policiais militares.
Eles já estavam no interior do estabelecimento, quando duas viaturas da PM se aproximaram e os assaltantes saíram imediatamente. A dupla conseguiu fugir, porém, os bandidos ainda chegaram a danificar a porta principal do banco e um caixa eletrônico instalado no local. A PolíciaMilitar de Belém informou que os assaltantes não levaram nenhuma quantia. Até o fechamento desta edição os assaltantes não haviam sido localizados.
Uma cidade sem lei e população revoltada
A insegurança nas cidades do Cariri do estado tem favorecido, de forma muito intensa, o avanço da criminalidade. Em apenas quatro meses, várias ações foram praticadas na região, como por exemplo, em Barra de Santana, os ladrões não chegaram a roubar nenhuma quantia em dinheiro, no entanto, causaram um prejuízo de cerca de R$ 15 mil. Isso porque, para tentar violar a agência, os bandidos também utilizaram explosivos, que destruíram parcialmente a estrutura física do prédio que também abrigava a sede administrativa da prefeitura da cidade.
“Em Caturité vivemos numa terra sem lei. E nós ficamos sem nenhuma estrutura de defesa. Torcemos para que nenhum crime aconteça. Nos finais de semana é que a situação fica mais grave. Quando o pessoal começa a beber e na praça central promovem desordens”, contou o comerciante Vicente Francisco, de 54 anos.
O comando do 2º BPM confirmou a falta de policiamento nas cidades do Cariri e justificou, esclarecendo que a falta de contingente é o que agrava a situação. No entanto, osnovos policiais que estão sendo incorporados à instituição deverão ser transferidos para as cidades de Caturité, Riacho de Santo Antônio, Barra de Santana e São Domingos do Cariri.
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