A Polícia Civil de Goiás identificou e localizou os dois suspeitos de roubo que são obrigados por um homem a praticar atos sexuais em um vídeo divulgado e compartilhado em um aplicativo de mensagens instantâneas. Segundo a corporação, as vítimas, que aparecem nas imagens algemadas, são menores de idade e moram em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana de Goiânia. A pessoa que dá a ordem aos adolescentes ainda não foi identificada.

Uma agente da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município, que preferiu não se identificar, disse ao G1 que “os menores estão muito abalados e também foram agredidos fisicamente”. A polícia relatou ainda que ambos possuem “inúmeras passagens pela polícia por furto e roubo”.

De acordo com a DPCA, os adolescentes prestaram depoimento na sexta-feira (2), mas devem ser ouvidos novamente no decorrer da investigação. A polícia não confirmou se quem dá a ordem para o ato integra alguma das forças policiais. O órgão também não informou quantas pessoas estão envolvidas no caso.

Vídeo

Na gravação, os menores dizem seus nomes, quantas passagens possuem pela polícia e quais tipos de crime cometeram. Por ordem de um homem que não aparece nas imagens, eles afirmam que vão praticar o ato sexual “porque são ladrões”.

A mensagem “Ladrões de Aparecida. 17 passagens por 155 ‘furto’” aparece no final do vídeo. Também está escrito no vídeo o nome de um dos menores e xingamentos contra os mesmos.

Suposto autor

Procurado pelo G1, o comandante da Guarda Civil de Aparecida de Goiânia, Sandro Cristoth Alves de Oliveira, disse que está apurando se membros da corporação estão envolvidos com a gravação do vídeo. “Pelo que nos foi informado os autores não estavam fardados. Então, há a possibilidade de ser um agente da corporação ou das polícias. Estamos unindo forças para fazer a identificação dessa pessoa”, relatou.

Uma reunião com todos os integrantes da Guarda Civil está marcada para segunda-feira (4). O comandante reforçou que “a corporação não orienta ninguém, em nenhum momento, a agir desta forma. O ato tem todo o nosso repúdio”, reforça.

Caso algum integrante da Guarda Civil esteja envolvido no abuso, ele deve ser expulso da corporação. “Se, por ventura, for identificado que algum membro está envolvido, o caso será enviado à Corregedoria da Guarda Municipal, que vai tomar as providências necessárias para que seja excluído da corporação”, afirmou o comandante.

O porta-voz da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves, disse que “não há nenhum indício de que seja um policial a ordenar os menores a fazer sexo”.


G1

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