89% dos adolescentes recebem informações sobre sexo na escola

As indagações que surgem durante a fase da adolescência precisam ser discutidas de forma natural, transparente e responsável. Para isso, a escola tem que cumprir o seu papel no sentido de orientar os jovens sobre temas como sexualidade, família, drogas, entre outros assuntos que rodeiam o universo dos jovens.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - realizada pelo Ministério da Saúde, IBGE e Ministério da Educação - com estudantes da rede pública e privada de todo o Brasil, revela que 89,1% dos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental afirmaram ter recebido informações na escola sobre DSTs e AIDS.

A maioria (69,7%) dos escolares também foi orientada sobre a aquisição de preservativos gratuitamente. E 82,9% tiveram informações sobre prevenção de gravidez.

O Projeto Grupo de Convivência, no CEV, tem como objetivo possibilitar a troca de conhecimentos sobre esses temas, estimulando os estudantes do 9º Ano e do Ensino Médio a refletirem a respeito da sexualidade de forma madura e devidamente orientada.

Segundo a psicóloga Tayra Santana, o projeto acontece duas vezes por semana, no horário do intervalo. “A proposta é trazer os pensamentos e indagações dos jovens, deixando-os à vontade para interagir. Também é uma forma de tornar os intervalos mais educativos”, afirma Tayra.

Os temas a serem debatidos são escolhidos pelos próprios adolescentes. As dúvidas sobre sexualidade e o momento certo para ter a primeira relação sexual são as mais recorrentes.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar revela que 28,7% dos estudantes pesquisados em todo o Brasil já tiveram relação sexual pelo menos uma vez, sendo o índice maior entre os meninos (40,1%) do que entre as meninas (18,3%). Portanto, a orientação sobre sexualidade, gravidez e DSTs não pode ser negligenciada pela escola e nem pela família.

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