O Ministério da Educação considerou ruins 38 cursos de instituições de ensino superior particulares e públicas. E entre elas, há algumas tradicionais.

A avaliação levou em conta a estrutura das universidades, a qualificação dos professores e o resultado do Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes.

Ao todo, 38 cursos de 21 instituições de ensino superior tiveram notas inferiores a 3 e foram reprovados.

A lista inclui universidades federais e particulares, de nome reconhecido. Entre elas aparece a Universidade Mackenzie, de São Paulo, que teve nota baixa no curso de Arquitetura e Urbanismo. Uma surpresa para a escola.

“A gente considera uma avaliação extremamente atípica. Mas vamos nos debruçar sobre os dados para que a gente reverta isso da forma mais rápida. Numa escola com esse nível de tradição, nós devemos essa resposta à sociedade como um todo”, disse Paulo Correia, coordenador do curso de Arquitetura - Mackenzie.

Ainda em São Paulo, a PUC, outra universidade tradicional, foi reprovada nos cursos de História e Geografia. A reitora ainda não sabe os motivos da nota baixa, mas pretende tomar providências logo.

“A nossa intenção é chegar a 100% de cursos avaliados, até porque n[os entendemos que a avaliação do MEC seja alguma coisa muito importante pra universidade”, afirmou a reitora da PUC-SP, Ana Maria Marques Cintra.

Na lista do MEC também aparece o renomado Cefet do Rio de Janeiro. A direção informou que investiu pesado na modernização de laboratórios e salas de aula.

Esses cursos que tiveram notas baixas serão obrigados a passar por mudanças rápidas. Em até dois meses, contratar mais professores com títulos de mestre e doutor. E em até seis, melhorar o ambiente de ensino, como biblioteca e laboratórios. Uma comissão do MEC vai acompanhar o cumprimento dessas medidas.

Os cursos que aparecem na lista não poderão aumentar o número de vagas enquanto não melhorarem - e os que forem reprovados mais uma vez, na próxima avaliação, serão impedidos de realizar novos vestibulares.

“Não vai ter jeitinho, não tem colher de chá e se o plano de melhorias não for muito bem elaborado não há a menor possibilidade de abertura vestibular”, ressaltou Aloizio Mercadante, ministro da Educação.


Jornal Nacional

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