As 42 barragens administradas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) estão sem manutenção e apresentam fissuras e rachaduras. De acordo com o coordenador do Dnocs na Paraíba, Solon Alves, a solicitação de R$ 4 milhões, feita para o Ministério da Integração Nacional para reparos nos reservatórios, em 2012, não chegou. O mesmo aconteceu em 2011.

O Ministério da Integração Nacional garantiu o investimento de R$ 220 milhões para a recuperação de 22 barragens distribuídas em quatro Estados nordestinos este ano. Na Paraíba seis açudes serão beneficiados. São eles: Sistema Coremas/Mãe D’Água, Epitácio Pessoa, São Gonçalo, Engenheiro Avidos, Poções e Acauã.


De acordo com o coordenador do Denocs na Paraíba, Solon Alves, R$ 20 milhões serão destinados a uma empresa que fará levantamento dos problemas de cada barragem e cujo processo de licitação terá início no próximo mês. A expectativa é que as ações sejam efetivamente concluídas em 2014.


A seca que se prolonga desde o primeiro semestre do ano passado é considerada uma das piores dos últimos 30 anos no Estado, traz à tona os problemas naturais que ajudam a potencializar os danos. São rachaduras e fissuras que comprometem as estruturas desses reservatórios, que deve estar ainda pior quando as chuvas começarem a cair, a partir de março de 2013.


“Desde que assumi o Dnocs em dezembro de 2011 que venho fazendo o que é possível para conseguir recursos para a recuperação das barragens, mas não é tarefa fácil. O ministério garantiu verbas para serem investidas em seis barragens que fazem parte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, até 2014, no entanto as demais e que também são importantes para o homem do campo continuam sem receber atenção”, contou Solon Alves.


Riscos
Mesmo sem confirmar a vulnerabilidade das barragens do Estado e o risco que elas oferecem à população, o coordenador estadual do Denocs revela que nenhuma delas sofreu manutenção significativa nos últimos anos e que apresentam diversos problemas, um deles é a erosão.


Segundo ele, a ausência de monitoramento e as erosões nas encostas marginais dos reservatórios constituem-se como os mais frequentes problemas das barragens da Paraíba. “As rachaduras e fissuras que identificamos à medida que o nível de água dos reservatórios diminui é uma alerta claro da necessidade de estudo e intervenção. Além disso, a manutenção garante ações mais efetivas ao identificar árvores, musgos e vegetais que crescem nas encostas e cujas raízes comprometem a segurança estrutural delas”, ressaltou.


“As principais barragens estão seguras”
A falta de investimentos constitui-se como o inimigo burocrático para a manutenção das 42 barragens do Estado. “As nossas principais barragens estão seguras. É praticamente impossível que qualquer uma delas estoure. Mas suas comportas precisam de atenção especial, já que por vezes são encontrados vazamentos, elas emperram o que compromete o escoamento de água durante o período de cheias. Além disso, as casas de apoio devem existir em condições de uso satisfatório em todas elas, o que não ocorre por falta de verba”, informou Solon Alves.


Com orçamento anual de pouco mais de R$ 3 milhões, o Dnocs realiza apenas ações emergenciais nas maiores barragens. No entanto, entre os itens que deviam fazer parte da rotina de manutenção dos reservatórios estão limpeza periódica e vistoria semanal.


Rotina de manutenção

Limpeza periódica, com retirada de material acumulado (vegetação e detritos);

Limpeza periódica, com retirada de ervas daninha das faces laterais e inclinadas, das barragens (semanal ou quinzenal, de acordo com a época do ano);

Vistoria semanal das laterais da barragem para verificar eventuais alterações, tais como a apresentação de rachaduras;

Manutenção das vias de acesso à barragem;

Limpeza de canaletas e descidas d água;

Lubrificação periódica e rotineira dos equipamentos mecânicos;


Redação com ascom

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