Afastamento ajudaria na apuração da prisão do grupo da CEDH-PB, diz MP.
Seap afirmou que recomendação ainda não foi entregue oficialmente.
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Preso registrou imagem de outros detendos deitados nus na cela (Foto: Divulgação/CEDH-PB) |
O diretor do Complexo Penitenciário Romeu Abrantes (PB1), Sérgio
Fonseca, teve seu afastamento do cargo recomendado pelo Ministério
Público da Paraíba durante o processo de apuração da prisão de cinco
integrantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH-PB). A
reclusão dos integrantes dos Direitos Humanos aconteceu no último dia
28, após o grupo entregar uma câmera fotográfica a um dos detentos que
fez imagens da situação dos presidiários.
De acordo com o promotor Bertrand Asfora, autor da recomendação e
também presidente da Comissão Intersetorial que investiga a ação, na
primeira das duas reuniões para tratar do caso, o afastamento do diretor
já havia sido recomendado. “Já no primeira encontro nós recomendamos o
afastamento do diretor até que o processo fosse concluído. Na
quarta-feira realizamos as oitivas dos conselheiros que foram detidos e
na próxima segunda-feira começaremos a ouvir os policiais que estiveram
envolvidos no caso”, afirmou o promotor. Ainda Sobre a recomendação, o
promotor afirmou que o objetivo é viabilizar o processo. “Não quer dizer
que há culpa do diretor. É um afastamento para viabilizar as
investigações”, explicou Bertrand Asfora.
A Comissão formada pelo governo estadual, composta por Poder Executivo,
Sociedade Civil, Ministério Público e OAB na Paraíba, terá um prazo de
30 dias para entregar um relatório sobre a prisão do integrantes dos
Direitos Humanos. “Ainda não dá para concluir nada. Somente teremos uma
posição com a conclusão das investigações”, adiantou Bertrand.
O G1 tentou entrar em contato com o diretor do presídio, Sérgio Fonceca, mas ele não atendeu às ligações. A assessoria da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que o Ministério Público até esta sexta-feira (14) não havia encaminhado oficialmente a recomendação. Ainda segundo a assessoria da Seap, sem a formalização da recomendação de afastamento, não é possível a secretaria se posicionar sobre o caso.
O G1 tentou entrar em contato com o diretor do presídio, Sérgio Fonceca, mas ele não atendeu às ligações. A assessoria da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que o Ministério Público até esta sexta-feira (14) não havia encaminhado oficialmente a recomendação. Ainda segundo a assessoria da Seap, sem a formalização da recomendação de afastamento, não é possível a secretaria se posicionar sobre o caso.
Entenda o caso

Imagens feitas pelos presos mostram falta de
estrutura nas celas (Foto: Divulgação/CEDH-PB)
estrutura nas celas (Foto: Divulgação/CEDH-PB)
Na noite do dia 28, uma integrante do Conselho Estadual de Direitos
Humanos foi flagrada entregando uma máquina fotográfica a presos do PB1.
O diretor do presídio, o major Sérgio Fonseca, explicou que policiais
militares presenciaram a entrega e a devolução da câmera. Segundo ele,
há uma legislação específica para a proibição da entrada de celulares em
unidades prisionais, mas que máquinas fotográficas também não são
permitidas.
Com a constatação da entrega, o grupo de conselheiros foi detido no
presídio pelos agentes penitenciários e policiais militares. Após a
chegada do promotor Marinho Mendes, os conselheiros seguiram do PB1 para
a 9ª Delegacia Distrital, onde registraram um boletim de ocorrência,
prestando queixa contra os policiais militares que os mantiveram
detidos.
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