Juiz proíbe Prefeitura de João Pessoa de fazer contratações A Prefeitura de João Pessoa está proibida de contratar servidores até o término das eleições municipais. O incremento na folha de pessoal de janeiro a julho de R$ 4.172.825,00 (58,53%) e o risco de que administração municipal esteja sendo usada pelo prefeito Luciano Agra para beneficiar o candidato Luciano Cartaxo (PT), da coligação 'Unidos Por João Pessoa, como seu sucessor no cargo, levou o juiz da 77ª Zona Eleitoral, Eslu Eloy, a conceder liminar em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pela coligação 'Pra Seguir em Frente', da candidata Estela Bezerra (PSB).
 
Com base em informações do Sistema (Sagres) do Tribunal de Contas do Estado, anexadas ao processo, o juiz atestou que as contratações realizadas pela Prefeitura da capital cresceram de 6.712 (janeiro) para 11.159 (julho), enquanto que a Secretaria Municipal de Saúde pulou de 2.277 (janeiro) para 2.626 (julho).

“Essa situação evidencia, ou pelo menos sinaliza, a título de indícios, um aumento considerável nas contratações por tempo determinado, principalmente nesse período em que se aproxima o pleito”, justifica Eslu Eloy, alegando ainda que “é perfeitamente possível que essas nomeações se transformem em votos para aquele que é apoiado pelo prefeito, em detrimento dos demais que não contam com esse privilégio”.

A decisão foi publicada no Diário da Justiça de ontem e se estende “a qualquer nova contratação de servidor, seja de que natureza for, a contar da presente data até o dia das eleições, inclusive o segundo turno, se houver, desde que o investigado Luciano Cartaxo esteja na disputa, sob pena de crime de desobediência”, determina o juiz.

Para Eloy, segundo a sentença, os indícios apontam a ocorrência de abuso do poder político, econômico e de autoridade, além da prática de conduta vedada, em benefício da candidatura de Luciano Cartaxo.

“É fato público e notório que Luciano Agra atualmente é aliado político e tem participado ativamente da candidatura de Cartaxo à sua sucessão no cargo de prefeito da capital, tanto é assim que aparece constantemente em seu guia eleitoral destacando suas mais altas qualidades”, justifica ele, no despacho.

Além do excesso de contratação de pessoal, a ação tem como base também um vídeo onde o prefeito Luciano Agra e o candidato Luciano aparecem fazendo promessas aos agentes municipais de saúde ao lado da secretária de Saúde, Roseana Meira, e do procurador geral da Prefeitura de João Pessoa, Vandalberto de Carvalho. No vídeo, o grupo teria prometido aos servidores que iriam regularizar a sua situação funcional, atualmente a título precário, assim que Cartaxo assumisse a cadeira de prefeito da gestão municipal.

Da Aije movida por Estela Bezerra cabe ainda a apreciação do mérito, o qual pede a inelegibilidade dos envolvidos por 8 anos, bem como a cassação do registro de diploma do prefeitável petista Luciano Cartaxo.



Angélica Nunes

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