
Para Kaio Márcio e Ricardo Santos, baiano radicado em
João Pessoa, a disputa em Londres frustrou preparação de quatro anos e
chances reais de medalha.
No caso do nadador paraibano, a
atuação muito aquém do esperado, não o fará desistir da participação
olímpica no Rio de Janeiro.
“Continuarei a nadar e se conseguir
conquistar os índices necessários, estarei na minha quarta Olimpíada,
perseguindo o sonho da medalha”, afirmou Kaio. Na piscina londrina, o
paraibano não conseguiu se classificar para as finais de nenhumas das
três provas que competiu (100m e 200m borboleta e revezamento 4x100
medley).
Ricardo, por outro lado, prefere não pensar nos Jogos
Olímpicos de 2016. Ao lado do parceiro Pedro Cunha, o jogador de vôlei
de praia foi eliminado nas quartas de final, pela dupla alemã que levou o
ouro, e perdeu a chance de conquistar sua quarta medalha olímpica.
“Não
sei ainda se participarei das Olimpíadas do Rio de Janeiro até porque
procuro pensar em um projeto para cada ano. Tudo também vai depender de
como meu corpo estiver respondendo até lá”, ponderou.
Para
Andressa Oliveira, do lançamento de disco, e Mayssa Pessoa, goleira da
seleção brasileira de handebol, Londres ficará marcada na memória como a
primeira oportunidade de competir com os melhores do planeta. As
estreantes não chegaram às semifinais de suas modalidades, mas tiveram
boas atuações.
Com a décima sexta melhor marca na prova de
classificação do lançamento de disco, a paraibana Andressa Oliveira não
acredita que seu desempenho nas Olimpíadas de Londres tenha sido ruim e
afirma que, em 2016, vai estar na briga pela medalha. “Em Londres, eu vi
que não está difícil brigar com as melhores.
Os resultados
delas não foram muito diferentes do meu e acredito que com um pouco a
mais de treino, eu consigo. Em 2016, quero medalha e vou focar os
treinos para isso”, afirmou Andressa.
Apesar da derrota nas
quartas de final, Mayssa e as demais atletas da equipe fizeram a melhor
campanha de toda história da seleção feminina nas Olimpíadas, terminando
a fase preliminar com apenas uma derrota (contra as russas,
vice-campeãs olímpicas), e o primeiro lugar do grupo a que pertenciam.
Utilizada
no segundo tempo de cada jogo e com ótimas defesas, a paraibana deve
ser a substituta natural da goleira Chana Masson, que, com 33 anos, se
despede da seleção, depois de quatro Olimpíadas.
Em sua segunda
experiência olímpica, Jailma Sales teve, de fato, sua primeira
oportunidade de conquistar medalha. Em 2008, foi convocada apenas como
reserva do revezamento 4x400m, mas em Londres não sou atuou como titular
na prova, como ainda disputou os 400m com barreira. Em ambas as
participações, não conseguiu alcançar sua própria marca e nem se
classificar para as finais.
Para Pedro Pereira, primeiro técnico
da paraibana de Taperoá, a segunda atuação olímpica já traz experiência
suficiente para que o atleta comece a ser cobrado por melhores marcas.
“Aposto muito nela e tenho certeza que até 2016 ela vai evoluir muito”,
afirmou.
O técnico também aposta que o baixo número de medalhas
da delegação brasileira em Londres vai promover uma reflexão que poderá
significar resultados bastante positivos em 2016. “Esse desempenho pouco
satisfatório do Brasil como um todo vai desencadear uma onda de
reflexão e de transformação do trabalho que vem sendo feito,
especialmente no que se refere na formação dos nossos talentos”,
analisou Pedro.
Ainda sobre as Olimpíadas do Rio de Janeiro, o
atleta Kaio Márcio não hesita em afirmar que confia na capacidade
brasileira em organizar um evento tão bem estruturado quanto o londrino.
“Em 2007, tivemos um Pan Americano no Rio de Janeiro que foi muito bem
organizado e que não deveu em nada para nenhuma outra organização. Por
isso acredito a organização das Olimpíadas será muito boa”.
Juliana Bandeira Portal Correio
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