São Paulo, SP, 11 (AFI) - Foram anos e anos de sofrimento, vergonha e
só os torcedores mais apaixonados conseguiam ainda falar com orgulho que
torciam pelo Palmeiras. Os rivais cansaram de tripudiar, mas no fim da
noite desta quarta-feira tudo pode mudar. O Palmeiras enfrenta o
Coritiba, às 21h50, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, com a
possibilidade de voltar a gritar "é campeão" e figurar novamente na
lista dos campeões nacionais do Brasil.
O que está em jogo não é apenas mais uma taça para a vasta coleção
alviverde, mas, sim, o resgate do orgulho palmeirense e a volta de um
gigante ao topo do futebol brasileiro.
Quando o apito do árbitro trilar e der início ao jogo desta quarta,
milhões de torcedores estarão dentro de campo para ajudar Betinho a
chutar no gol, Thiago Heleno tirar uma bola que vai para a área, apoiar
Bruno para uma grande defesa e, claro, colocar ainda mais qualidade nas
belas cobranças de faltas de Marcos Assunção.
Nunca nos últimos 12 anos o Palmeiras esteve tão próximo de voltar a
conquistar um título nacional. A última foi a extinta Copa dos Campeões
de 2000 e, no ano anterior, a conquista foi da Copa Libertadores.
De lá para cá levou o Campeonato Paulista de 2008 e nada mais. O
palmeirense está cansado de ver os rivais Corinthians e Santos dando
volta olímpica e até mesmo os são-paulinos, que não ganham nada desde
2008, gabar-se de um tricampeonato brasileiro de forma consecutiva.
Time focado
É verdade que o Palmeiras já ganhou títulos até mais importantes do que a Copa do Brasil, mas poucas vezes se viu um time tão sedento por um título. Para muitos atletas, é o primeiro importante da carreira. Para os que já ganharam, é a chance de dar a volta por cima, como Daniel Carvalho. O discurso é de um time tranquilo, que esbanja confiança em seu momento, mas sem passar arrogância. É unânime, inclusive entre os jogadores, que o elenco palmeirense não prima pela qualidade técnica, mas compensa com muita dedicação e raça. Talvez esse seja o motivo de tanta confiança.
É verdade que o Palmeiras já ganhou títulos até mais importantes do que a Copa do Brasil, mas poucas vezes se viu um time tão sedento por um título. Para muitos atletas, é o primeiro importante da carreira. Para os que já ganharam, é a chance de dar a volta por cima, como Daniel Carvalho. O discurso é de um time tranquilo, que esbanja confiança em seu momento, mas sem passar arrogância. É unânime, inclusive entre os jogadores, que o elenco palmeirense não prima pela qualidade técnica, mas compensa com muita dedicação e raça. Talvez esse seja o motivo de tanta confiança.
Mas, como se tornou hábito para o clube, chegar à decisão e enfrentar o
Coritiba nesta quarta não será nada fácil. Vários são os desfalques e
não são "qualquer um". O artilheiro Barcos está fora. Valdivia, o
maestro, também. O atacante argentino se recupera de uma cirurgia de
apendicite e o meia chileno está suspenso pela expulsão no primeiro
jogo. Wesley, contratado a peso de ouro, também está fora. Maikon Leite,
o amuleto de Felipão, que na maiorias das vezes que entra durante a
partida e ajuda o time, é outro machucado. Luan também não deve
aparecer, mas o treinador é especialista na arte de "enganar" imprensa, adversários e torcida e pode aparecer com o jogador como surpresa.
Fica a expectativa também para saber quem será o herói da conquista.
Sem Barcos e Valdivia, Marcos Assunção e Daniel Carvalho aparecem como
favoritos. A velocidade de Mazinho e o bom cabeceio de Thiago Heleno e
Henrique também podem garantir a conquista. Ou até mesmo Bruno pode se
consagrar de vez como substituto de Marcos, fechar o gol em Curitiba e
voltar nos braços do povo para São Paulo.
Como venceu o primeiro jogo por 2 a 0, na Arena Barueri, o Palmeiras
pode até perder por um gol que será campeão. Se perder por 2 a 0, a
decisão vai para os pênaltis e, se marcar um gol, obriga o adversário a
fazer pelo menos quatro.
Do outro lado está um time que também tem sua história e não chega morto para o segundo jogo. Os históricos 6 a 0 feitos pelo Coritiba no ano passado, pela mesma Copa do Brasil, não é esquecido por nenhum dos dois lados.
"Já perdemos uma vez feio para eles. Então isso mostra que ainda não
tem nada ganho, não", afirmou Daniel Carvalho, substituto de Valdivia.
O Coritiba nem se apega à goleada do ano passado para manter a
confiança no título, que parece difícil, mas não impossível, de acordo
com todos do grupo. Se em 2011 a conquista quase veio (perdeu a final
para o Vasco), agora o time paranaense aposta em uma reviravolta para
fazer a festa em casa.
O zagueiro
Emerson, suspenso, é o único desfalque do Coritiba, que promete partir
para cima do adversário e vai abusar da velocidade para conseguir o tão
sonhado título. A festa e apoio da torcida começarão bem antes do apito
inicial. O "Green Hell" (inferno verde) novamente entrará em ação, com
show de luzes e fumaça verde. Resta saber agora de quem será a
comemoração e a redenção final.
Futebol Interior com Agência Estado
0 Seu comentário é sempre bem vindo!:
Postar um comentário
Deixe-nos seu comentário sobre a matéria. Entretanto, trate com respeito os demais leitores.
Evite comentários e termos grosseiros, agressivos ou que possam ser interpretados como tais.
Obs: Evitem se indetificar como Usuários anônimos.