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Ministério da Educação explica que não é possível chegar a 1.000 pontos e que não há proporção exata entre acertos e nota.
O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira as notas mínimas e máximas em cada área do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para tentar responder às dúvidas de candidatos que discordam das notas obtidas. O governo também voltou a explicar como a Teoria da Resposta ao Item (TRI) funciona. Com estas notas como parâmetro, o candidato pode saber se a nota que obteve foi boa:
Ciências Humanas
Mínima: 252,6
Máxima: 793,1
Ciências da Natureza
Mínima: 265
Máxima: 867,2
Linguagens e Códigos
Mínima: 301,2
Máxima: 795,5
Matemática
Mínima: 321,6
Máxima: 953
Redação
Mínima: 0
Máxima: 1.000
A metodologia de avaliação usada pelo MEC no Enem não contabiliza apenas o número total de acertos no teste. De acordo com o método, o item é a unidade básica de análise. O desempenho em um teste pode ser explicado pela habilidade do avaliado e pelas características das questões (itens).
A TRI qualifica o item de acordo com três parâmetros:
- Poder de discriminação, que é a capacidade de um item distinguir os estudantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm
- Grau de dificuldade
- Possibilidade de acerto ao acaso (chute)
Nas explicações, o Ministério diz ainda que não é possível comparar o número de acertos em uma área do conhecimento com o de outra. Pela teoria, o número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões afetam o resultado. Dessa forma, acertar 40 itens em uma área não significa, necessariamente, ter uma proficiência maior do que em outra, cujo número de acertos tenha sido 35.Segundo o MEC, essas características permitiriam estimar a habilidade de um candidato avaliado e garantir que essas habilidades, medidas a partir de um conjunto de itens, sejam comparadas com outro conjunto na mesma escala, ainda que eles não sejam os mesmos e que haja quantidades diferentes de itens usados para o cálculo. Apesar disso, o governo não permite a comparação de provas diferentes.
Além disso, por serem áreas do conhecimento distintas, não é possível fazer uma relação direta entre as escalas de proficiência.
A TRI pressupõe que um candidato com um certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de dificuldade maior. Ou seja, o padrão de resposta do participante é considerado no cálculo do desempenho. Diz a nota ainda: "Entre as vantagens metodológicas da TRI está a possibilidade de elaboração de provas diferentes para o mesmo exame. Essas provas podem ser aplicadas em qualquer período do ano com grau de dificuldade semelhante e permitem a comparabilidade no tempo".
Outra característica da TRI é não ter um limite inferior ou superior padrão entre as áreas de conhecimento. Isso significa que as proficiências dos participantes não variam entre zero e mil. Os valores máximos e mínimos de cada prova dependerão das características dos itens selecionados. No Enem, somente a prova de redação tem esses valores pré-estabelecidos, uma vez que a correção não é feita com base na TRI.
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