Ricardo Teixeira não vai mudar sua rotina mesmo em meio a denúncias de lavagem de dinheiro e ameaças de divulgação pela Fifa do processo que pode incriminá-lo. Ele seguirá o mesmo planejamento de todos finais de ano: entra de férias no dia 19 e só volta no final de janeiro. Nesse período Teixeira deixará o COL (Comitê Organizador Local) e a CBF nas mãos de outras pessoas.

Durante sua ausência, quem assinará os documentos do COL será o ex-atacante Ronaldo, recém-empossado membro do Comitê. A CBF ficará sob a responsabilidade de José Maria Marin, vice-presidente da entidade. As informações foram confirmadas pelo diretor de comunicação da CBF e do COL, Rodrigo Paiva.

Segundo o jornal o Globo, Teixeira aproveitará a folga também para cuidar da saúde. Ele deve fazer exames no Brasil e no exterior nesse período.

As férias do cartola podem coincidir com a explosão de uma verdadeira bomba em sua vida. A cada dia surgem novos documentos que provam a ligação de Teixeira e seu ex-sogro, João Havelange, com um esquema de propinas e lavagem de dinheiro.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou recentemente que divulgaria no dia 17 documentos relacionados a falência da ISL (International Sport and Leisure, empresa de marketing que foi ligada à Fifa por 20 anos e faliu em 2001), que seria parceira da Sanud e da RLJ na compra de direitos comerciais em Copas do Mundo e torneios de futebol. Dias mais tarde, Blatter adiou a divulgação porque um dos envolvidos no processo conseguiu na justiça o direito de manter o processo em sigilo, e não marcou nova data.

Além disso, o PRB (Partido Republicano Brasileiro) pediu, em julho deste ano, abertura de investigação civil e criminal ao Ministério Público da União contra o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, por suposto enriquecimento ilícito e recebimento de propina junto com outros dirigentes da Fifa.

Teixeira prestou depoimento na Polícia Federal do Rio de Janeiro em 3 de novembro. O cartola, que responde por crime de lavagem de dinheiro, chegou à sede da PF escoltado por quatro advogados por volta das oito da manhã e evitou falar com a imprensa, que já o esperava no local.

O interrogatório da polícia durou três horas e meia. Teixeira foi questionado sobre seu patrimônio e sobre sua participação em empresas dentro e fora do país. A intenção das autoridades é saber se o que o cartola ganha na CBF é compatível com a declaração de bens apresentada no seu Imposto de Renda.

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