Saber ou não,
movimentar uma bengala, Depende da pessoa ou até mesmo de um impulso, fica
fácil para qualquer um fazer esta experiência em segundos. Apartir
do momento que sentei para escrever este Fato. Estou em uma biblioteca de
livros em Braille, e neste momento estamos, eu e os livros. Por um momento vei
em minha mente o que teria passado Comigo e os meus amigos nas ruas de Campina.
Enfrentar um trânsito
mal sinalizado, calçadas esburacadas, barracas em locais impropérios, para
completar estes obstáculos vem os carrinhos de som. Por estes motivos, acabei
decidindo por conversar um pouco sobre isto com vocês.
Bengala nas mãos
inicia os movimentos, um seguindo o outro saímos do instituto de cegos em direção
do ponto de Ônibus. Com algumas passadas, chegamos ao final da calçada, onde paramos,
diante de um transito mais complexo de se entender. É verdade que por um estante
fico a pensar: aguardando alguém, ou um motorista que parasse o Carro. Foi
preciso que Luiz batesse abengala dando sinal que precisava Passar já que o
sinal não fechava. Mesmo assim ninguém apareceu para nos Ajudar naquele
transito de difícil travessia para nós. Depois que o sinal Fechou alguém gritou
de longe: ceguinho pode passar.
Logo imaginei que
poderia ser o sinal sonoro que haviam estalado nos Semáforos. Que nada! Às
vezes é precizo brincar com as situações que enfrentamos no passar do dia.
Agora estamos do outro lado da rua, esperando o ônibus na parada, outra voz
gritou: lá vem o 004. Em
seguida Advanildo falou: - vamos entrar, até que fim chegou.
Ao entrarmos no
ônibus, O motorista foi logo dando ordem: mostrem as carteirinhas para câmara. Onde
estar à câmara perguntou Luiz, o motorista respondeu: na sua. Frente. Continuamos
sem saber para que direção apontar as carteirinhas.
Não parou por aí,
destino centro comercial de Campina, precisamente. Rua João Pessoa e a tão
falada Maciel Pinheiro. Em conversas paralelas Dentro do ônibus, não demos
conta que já havíamos chegado à parada das damas, Aonde iríamos descer. Mais depressa
puxamos à cordinha que dar sinal de Parada. O motorista parou só que: de frente
a um bueiro de água, onde pisei. Com os dois peis. Luiz e Advanildo foram mais
espertos do que eu, deram um passo maior do que o meu. É dessa vez me dei mal. Por
quê aquela voz não gritou? Aí têm um bueiro com água.
Em caminhada ao nosso
destino saímos conversando, sobre tudo o que vinha nas nossas mente. As pessoas
que se encontravam nas calçadas ficavam comentando: ólha três ceguinhos, eles
vão para onde! Assim sem ver nada, Olha os bichinhos chega da pena.
Infelizmente encontramos
pessoas despreparadas para estar diante de situações que para elas é diferente.
Continuamos a movimentar nossas bengalas, para um lado, para o
outro,Identificando por onde passar entre as barracas que estão em lugares impropérios.
Dificultando o acesso não só os nossos mais dos pedestres que por ali Trafega
todos os dias. Cair em buracos torna-se inevitável nas ruas desta Cidade.
Começando pelas caixas dos resistros d-água que ficam sem Tampas nas Calçadas.
Não esquecendo das reformas, construções entre outros, complicadores que provação
o difícil acesso.
Para nos deixar mais indiguinados ao entrarmos
na Rua João Pessoa, passamos entre os camelôs. Deparamos com orelhões que só
batemos com a cabeça. E dependendo do Impacto chega até nos machucarmos e de
quem é a responsabilidade? Puxa não sei. Por outro lado Não temos nada Contra
os carrinhos de som que vendem CD, dvd, no entanto as pessoas que, Ali negociam
e Nos ver deveriam pelo menos baixar o volume, para que possamos atravessar. Reconheço
que é necessário fazer a divulgação de seu produto, como também reconhecer
nossa limitação de locomoção diante Do
som em volume alto.
No entanto é bom que todos tenham o
conhecimento que não Temos sinais sonoros em todos os semáforos, contamos
apenas com um que ficam de Frente com a Prefeitura, sendo pouco utilizado por
deficientes. Na volta resolvemos parar em uma barraca que vende lanches, obvio
que era Para fazermos uma boquinha, Luiz e Advanildo foram logo pedindo três
sucos de assai com guaraná, como gosto de observar as coisas fique na minha só
de ouvido ligado. Mas que mancada a moça não sabia como nos atender. Advanildo
disse: que coisa. Não! Luiz caiu na
raizada, eu fique sem saber o que fazer deante da Situação.A hora se passava e eu
precisava ir para o trabalho, Aceleramos o passo em caminho da Maciel Pinheiro
para comprar os elásticos das bengalas que já estavam estragados.Que decepção
os funcionários das lojas não sabem nos atender, i agora o que fazer! Então é fato que o deficiente para se
locomover pelas ruas, e ser atendido, Encontram todas estas dificuldades que
persistem no decorrer dos anos, e nada é feito se é feito algo, é muito pouco,
por que não é perceptível. Pois bem conseguidos vencer desta vez, chegamos ao
nosso destino, Através dos movimentos das bengalas.
Renovar a esperança de termos em breve um mercado
que não entenda essa questão como uma ação de responsabilidade Social, mas sim
do aproveitamento do potencial de consumo de um público, que trabalha que tem
família ou mesmo recebe benefícios governamentais, enfim um público com poder
de compra. Tendo o seu direito de trafegar pelas ruas, Lojas e em todo lugar
que queiram ir.
Dekson
Queiroz/ Desterronline
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