No próximo 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, médicos de todo o Brasil suspenderão o atendimento eletivo aos planos de saúde. Os atendimentos as urgências e emergências estão garantidos, pois esse é um compromisso que temos com os cidadãos.

As consultas e outros procedimentos pré-agendados para o dia 7 de abril deverão ser remarcados ou reagendados para outras datas.

Esta decisão foi tomada em recente Fórum na Associação Paulista de Medicina, que reuniu cerca de 100 lideranças de classe de todo o Brasil e foi referendada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e pelo conjunto das sociedades de especialidade médicas.

O motivo desta interrupção de atendimento é para manifestar nossa indignação e alertar os gestores de todos os níveis, governo, empresas e a própria sociedade, sobre a situação calamitosa dos honorários médicos praticados pelos Planos de Saúde e o nível de interferência que sofremos para reduzir pedidos de exames e de internações, para antecipar altas, entre outros problemas.

Os honorários ínfimos atualmente pagos na saúde suplementar, não tem sofrido reajustes nos últimos 8 a 10 anos. Para montar uma renda minimamente digna, somos obrigados a acumular dois, três, quatro empregos. São jornadas humanamente impossíveis de serem suportadas, e expõem o médico a riscos a sua própria integridade física e profissional, além de ter amplificada a possibilidade de falhas.

Recente pesquisa da Datafolha junto a Classe Médica, encomendada pela APM e AMB, registra que oito em cada dez profissionais referem ter sofrido interferência dos Planos de Saúde em suas condutas diante dos casos de seus pacientes.

Devido à gravidade destas questões, faz-se urgente a readequação nas relações entre os atores do sistema suplementar. O movimento deflagrado para o próximo dia 7 de abril, não visa somente questões econômicas. Ele fundamentalmente tem a finalidade de resgatar a importância do médico no processo da Saúde, através de um movimento pela valorização e autonomia profissional.

Esclarecemos que a suspensão das atividades do médico quando diante de condições inadequadas para o exercício profissional ou de remuneração indigna e injusta tem respaldo ético (Código de Ética Médica, Capítulo II, Direito dos Médicos, inciso IV).

Historicamente lutamos em defesa da boa assistência em saúde aos cidadãos, buscamos, com todas as ferramentas ao nosso alcance, zelar pela prática segura e qualificada da medicina.

A APM e as demais entidades médicas contam com o apoio da população e das demais forças organizadas da sociedade. Certos de que você estará ao nosso lado nesse movimento, pedimos que converse com seu médico e veja se pode colaborar com esse amplo movimento pela valorização do atendimento em saúde a você.

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