
O empate técnico entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), apontado pela pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (2), foi recebido por tucanos e aliados com otimismo. A coordenação da campanha de Serra creditou os resultados do novo levantamento ao êxito da exposição do candidato, que nas últimas semanas ocupou espaços em inserções e programas partidários do PSDB e legenda aliadas.
O deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), um dos tucanos mais próximos de Serra, afirmou que a expectativa de vitória registrada pela pesquisa induz à unidade e à mobilização. O parlamentar festejou, sobretudo, o "acerto da publicidade", que produziu o crescimento de cinco pontos percentuais, competindo com a "mais despudorada" campanha governamental, segundo ele.
- Estamos enfrentando a maior orgia publicitária, em que o governo usa sua estrutura, o dinheiro do contribuinte e dos acionistas das estatais para fazer campanha para o PT.
A pesquisa Datafolha mostrou Serra com 39% das intenções de voto, contra 38% de Dilma. Marina Silva, do PV, aparece com 10%. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.
O secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), advertiu, no entanto, que o desafio agora é aproveitar esse "fato novo positivo da pesquisa" para mobilizar os palanques estaduais e engajar os simpatizantes de Serra na campanha.
- A chance é agora. Se não fizermos uma coisa diferente, perdemos a oportunidade.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), destacou que o único ponto negativo da pesquisa se refere à expectativa de vitória do eleitorado. O Datafolha apurou que apenas 33% dos votantes acreditam que Serra será eleito presidente, quando 39% dos consultados declararam voto ao tucano na disputa presidencial. Por outro lado, a expectativa de vitória da candidata petista é bem maior: 43% apostam que ela ganhará a eleição.
Para Maia, "isso mostra que a campanha dela está mais mobilizada que a nossa e que a candidata petista está passando a impressão de que é favorita".
Ele lembrou que, há cerca de dez dias, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), anunciou a criação de um conselho político da campanha, constituído pelos presidentes dos partidos aliados - PSDB, DEM, PPS e PTB, além do senador Tasso Jereissati (CE), do ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen (SC) e do ex-governador de Minas A Neves.
- Se este conselho for efetivado na próxima semana, será um bom começo para marcar a abertura oficial da campanha, no dia 5. Quanto mais tivermos oportunidade de debater os rumos, maior será nossa capacidade de mobilizar as lideranças e as bases nos Estados.
Apesar do atropelo na escolha do vice na chapa da oposição, Jutahy diz que é hora olhar para frente.
- A escolha está feita e o deputado Indio da Costa (DEM-RJ) é uma força nova e jovem, de um Estado importante, que vai ajudar muito na campanha.
Os tucanos avaliaram que o episódio gerou estresse na oposição, mas não no eleitorado. Além disso, disseram que o dado positivo da crise é que Serra se articulou, conversou bastante e ouviu muita gente.
R7
03/07/2010
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