Os jovens ainda são a parcela menos significativa no bolo do eleitorado paraibano e, de acordo com o levantamento divulgado no último dia 17 pela Justiça Eleitoral, até houve queda dos eleitores de 16 anos. Em outubro de 2008, o total desse segmento apto a votar no Estado não passava de 1,47%, algo em torno de 38.857 eleitores.

Já no levantamento mais recente, foram contabilizados 38.386 jovens de 16 anos aptos às urnas. Entre os eleitores até 17 anos, a queda chegou a -25%, passando de 92.623 em 2008 para 68.562 em 2010. Já na faixa etária de 17 a 18 anos, o número total de eleitores é de apenas 113.152.

Enquanto isso, a Paraíba tem 208.290 eleitores na faixa de 19 a 21 anos; de 22 a 40 anos, o eleitorado atinge 1.206.17 eleitores; na faixa de 41 a 60 anos, o eleitorado fica em 766.819; e até os eleitores com mais de 60 anos chegam a atingir 396.690, mais que a soma do eleitorado de 16 a 18 anos. De acordo com o TRE, a evolução do eleitorado de mais de 69 anos foi da ordem de 9,75%, subindo de 178.506 para 195.911 eleitores em 2010.

“O decréscimo da procura da juventude de até 18 anos pelo alistamento eleitoral se deve à conjuntura política atual, que leva o eleitor a se desmotivar”, avalia o diretor geral do TRE, Anésio Moreno. Ele acredita ser necessário o investimento em campanhas para resgatar a credibilidade dos jovens na política eleitoral.

“É preciso uma campanha de incentivo ao jovem, que o motive a buscar sua cidadania”, disse. Mas ele pondera que esse tipo de atitude também passa, sobretudo, pelos políticos, pela mudança de práticas e de comportamento, pelo “fazer política corretamente”. “O projeto ‘Ficha Limpa’ é uma motivação”, comentou.

FITTIPALDI VÊ CHANCE DE APRIMORAR COMUNICAÇÃO
O cientista político Ítalo Fittipaldi disse que, em virtude do conhecimento do perfil do eleitorado, a tendência é o candidato que vai disputar as eleições abandonar o amadorismo na campanha eleitoral e adotar uma postura mais profissional.
“O candidato precisa fazer a leitura do eleitor, senão corre o risco de manter a campanha completamente divorciada do seu objetivo”, disse Ítalo, ressaltando os casos de candidatos às eleições proporcionais que visem a atingir eleitorados específicos, regionalizados. “Determinado deputado estadual pode querer focar sua campanha para determinada região do Estado”, lembrou.

Com 2.735.701 eleitores aptos a votarem nas eleições de outubro próximo, de acordo com estatísticas do TRE do último dia 20, a Paraíba apresentou um crescimento da ordem de 3,1% em relação ao eleitorado da última eleição, realizada em outubro de 2008, que tinha 2.651.363 eleitores.
Dos 2.735.701 eleitores paraibanos aptos às urnas nos próximos quatro meses e alguns dias, 52,66% são mulheres, maior que o índice de 52,62% registrado em 2008.
NA CAPITAL

Mas a hegemonia feminina não para por aí. No universo de 662.505 eleitores na faixa etária compreendida entre 22 e 34 anos, as mulheres ainda são maioria, 51,48%, o equivalente a 341.032 eleitoras.

Só em João Pessoa, o número de eleitoras passou de 244.369 em outubro de 2008 para 258.870, em maio deste ano. “O maior eleitorado feminino decorre da quantidade maior de mulheres no Estado”, avalia o diretor geral do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Anésio Moreno.

Seja qual for a razão do crescimento do número de eleitoras no Estado, o fato é que pode trazer alguns impactos interessantes no processo eleitoral. Ítalo Fittipaldi disse que o eleitorado feminino é normalmente mais conservador que o masculino.

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