Durante o plantão da noite no último dia 14, o Centro Integrado de Operações Policiais (CIOP) recebeu a notificação de um atropelamento às margens da BR-230. Os três policiais, que atenderam à ocorrência, prestarão depoimento amanhã à delegada Iumara Bezerra Gomes pela primeira vez durante o inquérito que investiga a morte da estudante Aryane Thaís Carneiro, vítima de um homicídio. As testemunhas irão ajudar na construção do inquérito com informações sobre a forma em que estava a jovem no momento em que ela foi encontrada. A delegada Iumara informou à reportagem que tentará obter informações dos policiais e de conversas que tenham ouvido de quem esteve no local.
Os depoimentos dos policiais, até o momento, são os últimos esperados pela delegada para conclusão do inquérito que investiga a morte de Aryane. Iumara não descarta a possibilidade de convocar novas testemunhas, “caso haja necessidade de coletar novas informações”. Um depoimento determinante para a investigação deve ser o da pessoa que acionou o CIOP sobre o corpo achado às margens da rodovia. Apesar de a denúncia ter sido anônima, a polícia tenta identificá-la através do número de telefone. A delegada já não dá certeza sobre a conclusão do inquérito nesta sexta-feira, informa que há muitas informações sendo trabalhadas pelos profissionais envolvidos no caso e os prazos poderão ser estendidos.
Apesar dos indícios pontuais, a polícia ainda não tem provas que incriminem diretamente o estudante Luís Paes Araújo Carneiro, com que Aryane teve um relacionamento e que foi a última pessoa vista com ela. A paternidade do filho esperado pela jovem foi confirmada como sendo de Luís. O registro de ligações do celular também identificou o estudante como a última pessoa de quem Aryane recebeu ligações antes de ser encontrada morta. O serviço de inteligência busca identificar para quem foi a última ligação registrada no celular da jovem.
A delegada revelou na tarde de ontem não acreditar que Luís Paes tenha se apresentado espontaneamente à polícia. De acordo com Iumara, o depoimento dado pelo estudante à delegada Ranielle Vasconcelos foi registrado em um Termo de Qualificação. “Normalmente os casos de apresentação espontânea são registrados em um Termo de Apresentação Expontânea”. Ao saber que Luís foi o último a ter encontrado Aryane, a polícia civil poderá ter solicitado seu depoimento à delegacia. A reportagem tentou entrar em contato com o advogado do estudante, Aloísio Lucena, mas não obteve êxito.
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