SÃO PAULO - Pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas ontem, apontam uma nova redução na distância entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), enquanto a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, manteve os 40% nas intenções de votos nas duas apurações.
A campanha mais insólita dos últimos tempos termina sem uma definição clara se haverá realmente o segundo turno. Também é difícil dizer quem será o segundo colocado nas eleições de domingo (5). A ex-ministra Marina Silva, aclamada como a terceira via viável tem boas chances de forçar uma nova votação no dia 26. Mas o tucano Aécio Neves se recuperou nas últimas pesquisas e também foi favorecido pela queda da pessebista e tem chances reais de ir para o 2º turno.
De acordo com o Datafolha, Dilma manteve os 40% da última pesquisa, enquanto Marina perdeu um ponto percentual e aparece com 24% das intenções de votos, empate técnico com o tucano, que ganhou um ponto percentual e agora tem 21%. Aécio vem crescendo nas últimas cinco pesquisas enquanto Marina mantém queda no mesmo período.
Já o Ibope também trouxe a presidente com 40% das intenções de votos, com Marina com 24% (um ponto a menos que na última pesquisa) e Aécio estacionado há quatro levantamentos, com 19%.
Em queda constante
Em duas semanas, a vantagem relativa de Marina Silva (PSB) sobre Aécio Neves (PSDB) para passar ao 2 º turno presidencial caiu. Em 15 de setembro, ela tinha 3,8 vezes mais chances do que o tucano. Agora, a diferença está em menos de 2 para 1. Sua vantagem caiu mas a chance de Marina continua.
"Se as curvas de intenção de voto dos dois candidatos [Marina e Aécio] continuarem com as tendências recentes, há uma probabilidade de elas se cruzarem em algum ponto", diz a CEO do Ibope, Márcia Cavallari. Mas não é possível prever com certeza se isso acontecerá antes da eleição.
O modelo estatístico desenvolvido pelo Ibope simula todas as combinações possíveis de votação de Marina e Aécio, e depois calcula quantas dessas combinações beneficiam um ou outro candidato.
As simulações de resultado só se aplicam a Aécio e Marina. As taxas de intenção de voto de Dilma (40%) e dos candidatos nanicos (3%) são dadas pela pesquisa Ibope mais recente, e a taxa de brancos e nulos (10%) pelo histórico de votações para presidente.
Fidelidade
A chance de um eleitor antipetista votar em Dilma tende a zero. Já a chance de um pró-PT votar nela é superior a 80%.
No eleitorado volúvel há maior equilíbrio.
Os pró-PT chegaram a 39% na mais recente pesquisa Ibope. São aqueles eleitores que se enquadram em pelo menos três das cinco condições seguintes: é beneficiário do Bolsa Família, aprova Dilma, acha seu governo bom ou ótimo, diz ter preferência partidária pelo PT e descarta afirmar que não votaria nela de jeito nenhum.
Os antiPT não se enquadram em nenhuma dessas características. Eles somam 33% do eleitorado nacional. Os restantes 28% são os volúveis, que responderam positivamente a uma ou duas daquelas questões. Podem votar tanto na petista quanto nos candidatos de oposição.
DCI/ com Agências
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