A
Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de
Vigilância em Saúde, encaminhou nota técnica às Gerências Regionais de
Saúde com orientações de vigilância epidemiológica e com recomendações
sobre a necessidade de intensificar as ações de vigilância junto aos
municípios no intuito de evitar a reintrodução viral do sarampo no
Estado, tendo em vista o surgimento de casos importados.
De
acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita
Tavares, para a realização dessas ações deve-se levar em consideração
processo de certificação da erradicação/eliminação do sarampo, rubéola e
síndrome da rubéola congênita (SRC) no Brasil, onde os últimos casos
autóctones de sarampo datam de 2000. Vários países, no entanto, possuem
transmissão endêmica. Deve-se considerar, ainda, a ocorrência de cinco
casos confirmados de sarampo no Estado de Pernambuco, nos meses de março
e abril de 2013, com identificação viral do genótipo D8 semelhante aos
circulantes na América do Norte e Europa.
Ela
explicou que, até o mês março de 2013, apenas 36%, ou seja, 81
municípios paraibanos apresentaram coberturas vacinais adequadas,
conforme recomendação do Programa Nacional de Imunização – PNI. “Tal
situação favorece o surgimento de bolsões de suscetíveis e possibilita a
reintrodução do sarampo no Estado. Dessa forma, se faz necessário
alertar os gestores municipais para intensificarem a busca ativa na
população para imunizar pessoas não vacinadas com a tríplice viral,
principalmente aqueles municípios que não alcançaram a meta de 95%. O
objetivo é manter um alto nível de imunidade na população, reduzindo a
possibilidade da ocorrência da doença”, alertou Talita Tavares.
O
acompanhamento dos casos suspeitos e de quem teve contato com os casos
suspeitos devem ser realizados em tempo real. A partir da identificação
do caso suspeito informar imediatamente ao Centro de Informações
Estratégicas em Vigilância em Saúde da SES (CIEVS/SES) – 24h – pelo
telefone 8828-2522.
Sobre a doença
- O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave,
transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. O
período de incubação geralmente é de 10 dias (variando de 7 a 18 dias),
desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14
dias até o início do exantema. A transmissibilidade é de 4 a 6 dias
antes do aparecimento do exantema, até 4 dias após. O período de maior
transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do
exantema.
Talita
Tavares alerta todo paciente que, independente da idade e da
situação vacinal, apresentar febre e exantema, acompanhados de um ou
mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza
e/ou conjuntivite; ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao
exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém
que viajou ao exterior.
A
gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES recomenda que,
diante de uma pessoa com sinais e sintomas do sarampo, deve ser
realizado o bloqueio vacinal limitado aos contatos do caso suspeito.
A vacina deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após
a exposição. “A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo
domicílio do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for o
caso, as pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento
ou da sala de trabalho. Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacina
tríplice viral para a faixa etária de 6 meses a 49 anos de idade, de
forma seletiva”, explicou.
Mais informações
- O vírus do sarampo ainda circula intensamente em diversos países do
mundo, por isso os paraibanos que estão com viagem programada para o
exterior devem estar vacinados com a tríplice viral seguindo o
preconizado no calendário básico de vacinação para criança, adolescente e
adulto. A vacina está disponível em todos os municípios.
As
crianças devem tomar duas doses da vacina, sendo a primeira ao
completarem 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses. Para os
adolescentes (11 a 19 anos), está indicado o esquema de vacinação da
tríplice viral quando não comprovar o esquema de duas doses. Em caso de
apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose,
sendo o intervalo mínimo entre as doses de 30 dias. Já para os adultos,
deve-se administrar uma dose em homens e mulheres de 20 a 49 anos de
idade que não apresentarem comprovação vacinal.
A
vacina está contraindicada para as mulheres grávidas. Além disso,
deve-se orientar as mulheres em idade fértil a evitar a gravidez, no
mínimo, um mês após a vacinação. A segunda dose de tríplice viral das
crianças foi antecipada para 15 meses a partir do mês de fevereiro de
2013.
Aos
viajantes não vacinados a orientação é para que recebam a vacina pelo
menos 15 dias antes da partida e os que apresentarem contraindicações a
algum componente da vacina devem ser referenciadas ao Centro de
Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). As Secretarias
Municipais de Saúde devem disponibilizar os locais e horários de
funcionamento das salas de vacinação.
A
SES recomenda que os trabalhadores da rede de turismo e profissionais
de saúde que não apresentam comprovação de vacinação da tríplice viral
procurem um posto de vacinação de seu município para se imunizar contra o
sarampo. Em homens de 20 a 39 anos de idade e em mulheres de 20 a 49
anos de idade deve-se administrar uma dose de tríplice viral.
Secom PB
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