Há
alguns anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a
compulsividade em relação ao sexo como doença, rotulando como impulso
sexual excessivo.
A
hipererosia ou compulsividade em relação ao sexo é uma doença altamente
depressiva, capaz de comprometer o indivíduo como um todo, seu
trabalho, sua vida familiar, social e afetiva.
Na
compulsão existe necessidade repetitiva de realizar atos sexuais. A
pessoa não tem limites para suas fantasias sexuais. A atividade sexual
passa a dominar as atividades da vida diária e acarreta prejuízos, ou
seja, a pessoa perde o controle do impulso sexual, sente uma constante
necessidade de buscar sexo.
Os
pressupostos para dizer que a pessoa apresenta o comportamento sexual
compulsivo dependem de características de personalidade específicas,
tais como ter pensamentos ou atos compulsivos recorrentes; ter
pensamentos obsessivos, idéias, imagens ou impulsos que entram na mente
do indivíduo repentinamente e de forma estereotipada, são angustiantes, e
a pessoa não consegue resistir a elas.
Para
um diagnóstico psicológico objetivando reconhecer um indivíduo como
compulsivo, é indispensável observar cuidadosamente várias
características da personalidade, porque, na realidade, o sexo
compulsivo é algo difícil de definir com precisão. Muitas pessoas que
sentem uma necessidade sexual maior podem estar incluídas nesta
denominação, mas nem sempre trata-se de um compulsivo propriamente
dito.
Quando
o compulsivo é do sexo masculino, geralmente não apresenta problemas
sexuais como ejaculação rápida ou disfunção sexual, visto que seu desejo
além de intenso é constante.
O
compulsivo sente necessidade de praticar sexo um número incontrolável
de vezes, num curto período de tempo. Preocupa-se a tal ponto com seus
pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por se prejudicar no
trabalho e nos relacionamentos afetivos. Muitos chegam a listar nomes e
telefones das pessoas com as quais teve envolvimento sexual.
Existe
tratamento para o compulsivo, desde que ele se conscientize do seu
problema. A terapia é fundamental, porque trabalha a ansiedade que
domina o compulsivo. Mas dificilmente estes indivíduos admitem que
necessitam de ajuda profissional.
Marilandes R. Braga, psicóloga e terapeuta sexual
BONDE
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