Sequência de imagens mostra asteroide e sua lua |
A sequência de fotos foi feita pelo Observatório Goldstone, localizado
no Deserto de Mojave, na Califórnia, em um período de duas horas.
Naquele momento, o asteroide estava a 6 milhões de quilômetros da Terra.
Nesta sexta, o objeto deve se aproximar no máximo a 5,8 milhões de
quilômetros daqui, o equivalente a uma distância de 15 vezes entre o
nosso planeta e a Lua. Esse será o ponto que ele chegará mais perto de
nós pelos próximos dois séculos, pelo menos.
Segundo as imagens, o 1998 QE2 faz parte de um sistema binário, ou
seja, formado por dois objetos que se orbitam mutuamente. Enquanto o
asteroide tem 2,7 quilômetros de diâmetro (tamanho de nove navios
transatlânticos Queen Elizabeth 2), seu satélite tem 600 metros de
diâmetro.
As observações de radar foram lideradas pela cientista Marina Brozovic,
do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, Califórnia.
Apesar de não representar perigo, o 1998 QE2 pode ser um objeto
interessante de estudo, entre esta quinta-feira (30) e o dia 9 de junho,
para os astrônomos que tiverem um telescópio de radar de pelo menos 70
metros de comprimento.
Esse objeto foi descoberto em 19 de agosto de 1998, pelo Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT). Segundo o cientista Lance Benner,
também do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, uma série de imagens
de alta resolução podem revelar detalhes sobre o 1998 QE2.
"Sempre que um asteroide se aproxima, ele fornece uma importante
oportunidade científica para estudá-lo e entender seu tamanho, forma,
rotação, características da superfície e origem", explicou.
Monitoramento constante
A Nasa estabeleceu como alta prioridade o monitoramento de asteroides e cometas, e os EUA têm o maior programa de levantamento de objetos próximos à Terra do mundo – uma parceria entre agências governamentais, astrônomos de universidades e institutos de ciência. Até hoje, o país já identificou mais de 98% do total desses corpos conhecidos. E só no ano passado, o orçamento da Nasa para esse fim aumentou de R$ 12 milhões para R$ 40 milhões.
A Nasa estabeleceu como alta prioridade o monitoramento de asteroides e cometas, e os EUA têm o maior programa de levantamento de objetos próximos à Terra do mundo – uma parceria entre agências governamentais, astrônomos de universidades e institutos de ciência. Até hoje, o país já identificou mais de 98% do total desses corpos conhecidos. E só no ano passado, o orçamento da Nasa para esse fim aumentou de R$ 12 milhões para R$ 40 milhões.
Em 2016, a Nasa planeja lançar uma sonda em direção ao asteroide
potencialmente mais perigoso de que se tem notícia, chamado 1999 RQ36,
ou 101955 Bennu. A missão Osiris-Rex também planeja fazer
reconhecimentos em todos os objetos ameaçadores recém-descobertos. Além
de monitorar possíveis ameaças, o aparelho poderá revelar detalhes sobre
a origem do Sistema Solar, da água na Terra e das moléculas orgânicas
que levaram ao desenvolvimento da vida.
Recentemente, a agência americana anunciou ainda que está desenvolvendo
uma missão para identificar, capturar e mudar de rumo um asteroide para
exploração humana.
G1
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