Levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), mais antiga organização de defesa de homossexuais do Brasil, fundada em 1980, mostra que foram assassinados, no ano passado, 338 integrantes brasileiros do chamado grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). O dado representa um crescimento de 27% no número de homicídios na comparação dom 2011 (266 casos). Desde 2005 (81 casos), o montante avançou 317%.

O levantamento, feito há três décadas com base em reportagens publicadas em todo o País e informações coletadas por Organizações Não-Governamentais (ONGs), inclui suicídios, casos em que as vítimas foram confundidas com homossexuais e mortes de brasileiros no exterior - no ano passado, foi registrada a morte de dois travestis brasileiros na Itália.

"Esses dados são só a ponta do iceberg", acredita o antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB e organizador da pesquisa. "A realidade deve ser muito maior que essa estimativa, há muita subnotificação. Ainda assim, somos os campeões mundiais de assassinatos de homossexuais, com 44% de todos os casos do planeta."

De acordo com o estudo, São Paulo registrou o maior número absoluto de assassinatos de homossexuais, com 45 casos, seguido de Pernambuco, com 33, e Bahia, com 29.

O levantamento, porém, aponta Alagoas como o Estado mais perigoso para integrantes do grupo LGBT, com 5,6 homicídios de homossexuais por grupo de 1 milhão de habitantes (18 casos no total), seguido por Paraíba, com 4,9 assassinatos por milhão de habitantes (19 casos) e Piauí com 4,7 mortes por milhão de habitantes (15 casos). O Nordeste concentrou 45% dos homicídios.



Da Redação com GGB

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