O Governo da Paraíba, desde 2011, trabalha na perspectiva de
estruturar a Rede de Atenção Materna Infantil no Estado para garantir o
acesso da população aos serviços de saúde. A meta é garantir um
atendimento cada vez melhor à mulher e a criança. Para potencializar a
estruturação da Rede de Atenção Materna Infantil, o Estado da Paraíba,
em 2011, aderiu a estratégia da Rede Cegonha, programa do Governo
Federal, que tem como objetivo ampliar e melhorar a rede de cuidado
materno infantil.
Para iniciar o processo de estruturação da Rede Cegonha, foram
definidas, considerando o perfil epidemiológico e vazios assistenciais,
quatro regiões prioritárias que são: a 1ª região (João Pessoa + 14
municípios); 6ª região (Patos + 24 municípios); 9ª região (Cajazeiras +
14 municípios) e a 16ª região (Campina Grande +14 municípios) aprovadas
pelo Ministério da Saúde, de acordo a portaria 2.359 de outubro de 2012;
para receber incentivos em todos os componentes da Rede Cegonha
(Pré-natal, parto e puerpério). Vale salientar que os municípios que não
fazem parte das Regiões Prioritárias, estão recebendo incentivo para o
componente Pré-Natal, com o objetivo de ampliar as possibilidades de
exame e de cuidado, em uma fase extremamente importante da gestação, que
é o pré-natal.
Segundo a coordenadora da Área Técnica da Saúde da Mulher da
Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB), Fátima Moraes, a Rede Cegonha é
dividida em quatro fases, e a Paraíba já está na 3ª fase. “A primeira
fase foi a de definição das áreas prioritárias e de diagnóstico do
território, a 2ª fase foi a de construção dos planos regionais do
projeto, a 3ª fase é a de contratualização e a 4ª fase é a de
qualificação dos serviços. Aqui na Paraíba nós estamos na 3ª fase, a de
contratualização dos pontos de atenção. Isso significa que, para os
serviços receberem os recursos aprovados através da elaboração dos
planos da Rede Cegonha, devem ser feitas pactuações de indicadores
quantitativos e qualitativos, que visam melhorar a assistência materna e
infantil no Estado”.
As ações da Rede Cegonha são articuladas e coordenadas pelo
Ministério da Saúde, Estados e Municípios, por meio de um plano de ação
composto de propostas que abrangem a atenção integral à saúde da mulher
no componente obstétrico com foco na gravidez para pós-parto e
assistência infantil.
A Rede Cegonha tem como objetivo principal a redução da
mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal. O
Estado vai dispor de recursos na ordem de R$ 38 milhões. “Estamos
pactuando com os municípios os indicadores de saúde. Se eles não forem
alcançados, os recursos serão suspensos”, alertou a coordenadora da Área
Técnica da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde, Maria de
Fátima Moraes.
O secretário de Estado da Saúde, Waldson Dias de Souza ressaltou a
relevância das ações inseridas na rede e destacou a importância do
desenvolvimento de ações integradas à saúde. “A construção de redes
ancoradas e definidas é a forma mais efetiva de se alcançar resultados
positivos”, disse Waldson Souza.
A rede abrange cuidados como o pré-natal de qualidade, a
efetividade do direito ao acompanhante no momento do parto, execução das
boas práticas relacionadas ao parto e nascimento por parte dos
profissionais de saúde, o transporte seguro e as novas instalações para
as gestantes. “Precisamos pensar na qualificação, integração dos
serviços existentes e fortalecimento, além da ampliação da oferta”,
comentou o secretário.
Sobre a Rede - A Rede Cegonha é uma estratégia
inovadora do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de
cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento
reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e
desenvolvimento saudáveis.
A proposta lançada, o ano passado, sistematiza e institucionaliza
um modelo de atenção ao parto e ao nascimento que vem sendo discutido e
construído no país, com base no pioneirismo e na experiência de
médicos, enfermeiros, parteiras, acadêmicos, antropólogos, sociólogos,
gestores, formuladores de políticas públicas, gestantes, ativistas e
instituições de saúde, entre muitos outros.
Trata-se de um modelo que garante às mulheres e às crianças uma
assistência humanizada e de qualidade, que permite vivenciar a
experiência da gravidez, do parto e do nascimento com segurança e
dignidade.
No mês de outubro deste ano, o Governo Federal publicou a
Portaria Nº 2.359, que aprova a I Etapa do plano de Ação do Estado da
Paraíba e aloca recursos financeiros para a implementação e implantação
da Rede Cegonha. Nesse mesmo período, o Governo do Estado lançou o
Plano Estadual de Combate e Redução da Mortalidade Materna e Infantil. O
plano foi elaborado em parceria e de forma pactuada, onde o Estado
apoia e monitora, o Ministério coordena e financia e os municípios
operacionalizam.
A Paraíba conta com 66 hospitais-maternidades em atividade. No
ano passado 57.689 partos foram realizados, e este ano, até outubro, já
nasceram 43.617 crianças no Estado.
Melhorias – A coordenadora da Área Técnica da
Saúde da Mulher da SES ressaltou que o Governo do Estado tem trabalhado
para melhorar a rede de saúde na Paraíba. “O Governo do Estado não tem
medido esforços para melhorar a assistência à saúde da mulher, como
exemplo eu posso citar as melhorias na maternidade de Patos e a
inauguração da Maternidade de Taperoá este ano”.
Maternidade de alta complexidade na cidade de Patos - O
governador Ricardo Coutinho inaugurou, em abril, na cidade de Patos, as
obras de ampliação da maternidade Peregrino Filho. A unidade de saúde,
que antes tinha 54 leitos, passou a funcionar com mais 55 novos leitos,
totalizando 109, beneficiando assim mais de 905 mil pessoas de 90
municípios do Sertão e Alto Sertão paraibanos.
A maternidade conta com duas UTI'S sendo uma materna com sete
leitos e outra neonatal com 10 leitos. Nas obras foram investidos R$ 6,7
milhões e R$ 2,3 milhões do tesouro estadual serão empregados
mensalmente para manutenção da unidade – em recursos humanos,
medicamentos e insumos. Desde sua inauguração, foram realizados 3.030
partos na unidade de saúde. Além disso foram realizadas 3.590
internações.
No segundo semestre deste ano a Maternidade Peregrino Filho
iniciou o atendimento do serviço de mamografia. Desde a inauguração do
serviço, já foram realizadas cerca de 800 mamografias.
Hospital de Taperoá – O Hospital Geral Antônio
Hilário de Gouveia, em Taperoá, foi inaugurado em setembro deste ano. O
setor de internação da unidade de saúde conta com dois leitos de Unidade
de Cuidados Intermediários (UCI) neonatal e duas salas de cirurgia Além
disso, a unidade disponibiliza sete leitos de pediatria, seis leitos de
enfermaria obstétrica, dois leitos de observação pediátrica e dois PPP
(Pré-Parto, Parto e Pós-Parto).
Parto Humanizado - Além disso, duas maternidades
da rede estadual de saúde, a Frei Damião e a do Hospital Edson Ramalho,
ambas em João Pessoa, aderiram à Política Nacional de Humanização (PNH)
do Governo Federal, que estabelece procedimentos para o parto saudável e
mais seguro. Nas duas unidades de saúde, o acompanhamento às grávidas
foca os casos de baixo e de alto risco de João Pessoa e cidades
próximas.
O parto humanizado é um processo de assistência centrado na
mulher. Todo o procedimento está aliado a um ambiente calmo e tranquilo
com privacidade e respeito. “O parto humanizado dá à mulher um
atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. Seus
resultados são altamente positivos para a mãe e, evidentemente, para a
criança, que se torna mais segura e equilibrada emocionalmente”, afirma a
gerente de obstetrícia da maternidade do Hospital Edson Ramalho, capitã
Eva Betânia Pires Martins.
No mês de maio, a maternidade Frei Damião implantou um novo
serviço para acabar com a dor do parto normal. A Analgesia de Parto,
como é chamado o procedimento, proporciona um nascimento sem dor, a
partir da aplicação de uma anestesia. A maternidade Frei da Damião é a
primeira do Estado a implantar o serviço. A maternidade é referência no
atendimento da gestação de alto risco e tem o título de Hospital Amigo
da Criança.
Fonte: Da Secom PB
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