
A estudante Mayara Dutra está no segundo período do curso de Letras e já teme os transtornos causados pela possível greve. “Sou de Natal e já estou com medo desta paralisação, pois caso ela se estenda, terei de voltar para casa e tentar um novo vestibular, pois como estou no início do curso ficarei bastante prejudicada”, contou.
De acordo com o professor Luciano Mendonça Lima, diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), que representa os docentes dos campi de Campina Grande, Cuité, Sumé, Pombal e Sousa, durante o encontro de amanhã será analisada a proposta limite apresentada pelo Governo Federal na última sexta-feira (19).
Segundo Luciano, na proposta divulgada pelo governo, foi aprovado o aumento de 4% em cima do salário base – que é de R$ 557 para professores em início de carreira, chegando a R$ 1.500 com a incorporação das gratificações – além da incorporação da Gratificação por Exercício do Magistério Superior (Gemas) e incremento de 4% da Retribuição por Titulação (RT).
Além disso, o governo antecipou para o mês de março a vigência do acordo proposto – que seria válido inicialmente em julho – e se comprometeu a abrir mesas de negociações para discutir o plano de carreira destes profissionais, com data limite até o mês de maio.
Para o diretor da ADUFCG, este acordo ainda está muito distante das reivindicações da categoria, que defende um reajuste salarial de 50%. “Há seis anos não tivemos reajuste, este aumento se justifica graças à inflação registrada durante este tempo. Queremos ter o mesmo poder aquisitivo que tínhamos em 2005”, afirmou Luciano Mendonça.
Segundo Henaldo Morais, presidente da Associação dos Docentes Universitários de Cajazeiras (ADUC), no campus de Cajazeiras, os professores também aderiram à paralisação e se reúnem em assembleia amanhã, às 19h, para decidir sobre a aprovação ou não da greve. Já no campus de Patos, a assembleia entre os docentes acontecerá às 9h de amanhã.
A administração da UFCG aguarda o comunicado do movimento grevista para se posicionar sobre a paralisação. “A pauta principal é dirigida ao Governo Federal, então o que podemos fazer é intermediar a negociação. Caso tenha alguma demanda local, levamos aos conselhos ou resolvemos na área administrativa sem problemas. Nossa intervenção se dá junto às entidades universitárias federais, mas não podemos negar o apoio e achamos a reivindicação justa”, explicou o vice-reitor da UFCG, Edilson Amorim.
do Jornal da PB
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