Imprensa impedida
“É imprescindível registrar o fato lamentável da assessoria de imprensa do hospital, representada pela doutora Mércia Rogério Oliveira Santos de França, que se negou a tirar fotos com a equipe de inspeção e não permitiu que a imprensa adentrasse a unidade hospitalar”, enfatizou o promotor.
Ele disse ainda que interveio na situação ponderando que os direitos constitucionais do Ministério Público e da imprensa devem ser preservados de ter acesso com transparência à realidade dos fatos. “Nesta ocasião, em que inclusive me dirigi à diretoria do hospital, a assessora disse que esta questão não era decidida pela diretoria, mas pelo Estado através da Secretaria de Comunicação. Perguntei então para que servia a diretoria”, informou o promotor.
João Geraldo falou ainda que, após a sua explicação, foi permitida a entrada enclausurada dos jornalistas presentes sem equipamentos fotográficos e sem filmadoras, sob alegação de proteger o direito de imagem e privacidade dos pacientes. “Aleguei então que mostrar a realidade do hospital não fere a imagem nem a privacidade dos pacientes, pois não seriam identificados. Inclusive alguns pacientes exerceram seu direito constitucional de expressão e pediram à própria imprensa para mostrar a situação e registrar denúncias, pois não podiam exercer esse direito fora do hospital”, explicou.
“Repudio também o fato de que, apesar da alegação da assessora, foi permitido ao jornalista da Secretaria de Comunicação do Estado de exercer sua função, desrespeitando o direito dos pacientes, pois fez uso de máquina fotográfica, conforme fotografia que tiramos. Ou seja, para a assessoria do Estado pode e para o resto da imprensa, não”, disse.
O promotor disse ainda que não se sentiu intimidado com a presença do procurador do Estado Wladimir Ralmonique que se apresentou como representante judicial do Estado. “Vou fazer constar ni procedimento administrativo que sua presença é testemunho vivo do caos que a saúde pública vem vivenciando, sobretudo no hospital, pois ele acompanhou tudo e com certeza deve tomar providências para sanar as inúmeras irregularidades constatadas”, ressaltou.
João Geraldo destacou ainda que o Corpo de Bombeiros não se fez presente na inspeção. “Lamentavelmente a Vigilância Sanitária também não compareceu por motivos que já são públicos, deixando desta forma de atender a requisição do Ministério Público, através da Promotoria da Saúde, previamente remetida ao órgão”, informou.
Assessoria
MPPB
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